LUÍS DE MORAIS CORREIA
( Brasil – Piauí )
Luiz Moraes Correia (Amarração, 23 de dezembro de 1881 - Fortaleza, 23 de outubro de 1934[1]), foi um jurista, sociólogo, professor, maçom[2], teosofista e político brasileiro. Foi juiz federal do Estado do Ceará e reconhecido nacionalmente pela produção de diversos livros da área jurídica e do campo da teosofia, além de participar da revolução de 1930, apoiando a aliança liberal que levou Getúlio Vargas a presidência da república.
Era filho de Francisco Severiano de Moraes Correia Filho e Maria Cleófas de Miranda e Castro. Ainda bem jovem já demonstrava facilidade em produzir textos acadêmicos e peças teatrais. Segundo Silva (2009)[3], Luiz Moraes Correia aos dezenove anos tivera peça dramática de sua autoria "O nascimento de Cristo" encenada nos municípios de Parnaíba, Teresina, dentre outras cidades, atingindo o município de Sobral, com registros elogiosos do jornal A Ordem, em agosto de 1901[3]. Ainda residindo na cidade de Parnaíba, formou-se em direito pela Faculdade de Direito do Ceará em 1910, sendo contemporâneo de Quintino Cunha, Raul de Sousa Carvalho e José Armando Marcondes Ferraz, Boanerges Facó e Faustino de Albuquerque e Sousa. Torna-se, promotor público em Teresina, secretário de polícia e procurador fiscal do Estado do Piauí[3]. Em Fortaleza no ano de 1918, presta concurso para a Faculdade de Direito do Ceará, sendo nomeado professor, sua tese de concurso, intitulada "O direito de propriedade, o domínio e a posse" recebeu comentários elogiosos de diversos juristas dentre eles Clóvis Beviláquia[3]. Casou-se com Esmerina de Moraes Correia com quem teve sete filhos, dentre estes, Luíza Moraes Correia Távora, esposa do governador Virgílio Távora e Nicia de Moraes Correia Marcílio, esposa do deputado federal Flávio Portela Marcílio. Durante sua vida no Ceará, possuiu forte vínculo com grandes nomes da sociedade cearense dentre eles Álvaro Wayne, Theodoro Cabral, Fernandes Távora e Euclides César.
Carreira Acadêmica
Foi professor da Faculdade de Direito do Ceará[3] nomeado no ano de 1918 no dia 23 de setembro, no qual sob sua cátedra estava a disciplina de direito civil, as outras disciplinas contavam com os grandes nomes das Ciências Jurídicas do Estado do Ceará, dentre eles, Gustavo Augusto da Frota Braga (Direito Constitucional), Manuel Leira de Andrade (Direito Romano), Eduardo Henrique Girão (Direito Civil), José de Borba Vasconcelos (Direito Penal), entre outros. Produziu diversos livros no campo jurídico, dentre outros títulos, destacam-se "O Habeas-Corpus e os Interditos"[3][4][5][6], "O crime e a pena"[3], "O Estado e a Obrigação de Indenizar"[3] e "Anteprojeto de Constituição (1933)"[3]. Durante sua vida participou da Academia Piauiense de Letras após ter reconhecido seus dotes literários ao escrever para o Diário do Piauí (1912) estudos jurídicos sobre o divórcio, além de publicar o livro "Comentários Jurídicos" (1914)[7].
Ver a biografia (extensa) completa em:https://pt.wikipedia.org/wiki/Luiz_Moraes_Correia
ANTOLOGIA DE SONETOS PIAUIENSES [por] Félix Aires. [Teresina: 1972.] 218 p. Impresso no Senado Federal Centro Gráfico, Brasília. Ex. bibl. Antonio Miranda
LÚCIA
Adeus! Minha filhinha! Quanto enchias
De festa e riso o lar em que nasceste!
E como agora tudo é triste neste
mesmo lar que juncaste de alegrias...
Lúcia! A teus pais, que torturantes dias
O destino reserva!... O pranto e deste
As lágrimas, no lar em que cresceste,
Orvalham hoje o berço em que dormias.
Dormes, entanto, agora, tão sozinha,
Tão fria e tão distante, ó filha minha!
Por que te foste? Desde que saíste,
Choram teus pais; e teus irmãos pequenos
Por ti perguntam e não choram menos...
Como a casa sem ti é grande e triste!...
*
VEJA e LEIA outros poetas do PIAUÍ em nosso Portal:
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/piaui/piaui.html
Página publicada em março de 2023
|